Palavras de Francisco foram deixadas no encontro com religiosos na
Igreja de Santo Rosário em Daca, no seu último dia de visita ao
Bangladesh.
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O Papa Francisco afirmou que
“bisbilhotar” e “falar mal dos outros” é como fazer “terrorismo”, no
encontro com religiosos na Igreja de Santo Rosário em Daca, no seu
último dia de visita ao Bangladesh.
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Francisco reiterou este sábado no
Bangladesh uma ideia que já repetiu em alguns dos seus discursos a
religiosos, sobre o perigo das divisões no seio das comunidades
católicas e o perigo da “bisbilhotice”.
No seu discurso, o Papa sublinhou que a
Igreja do Bangladesh é muito ativa no diálogo inter-religioso e pediu
que fizesse o mesmo entre as comunidades católicas, de modo a promover a
harmonia.
Gosto sempre de mencionar um dos grandes
defeitos, e há quem me critique porque sou repetitivo, mas o inimigo do
espírito são os boatos”, disse.
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“A língua, a língua, é isto que destrói
uma comunidade. É falar mal dos outros, sublinhar os defeitos dos
outros, mas não o dizer e assim criar desconfiança e um ambiente em que
não há paz”, acrescentou.
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O Papa assegurou que tal é “terrorismo”,
porque “o que vai falar mal dos outros não o diz publicamente, tal como
o terrorista não o diz publicamente. Aquele que vai falar mal dos
outros fá-lo às escondidas. Atira a bomba e vai-se embora e a bomba
destrói tudo e ele vai tranquilamente colocar outras”.
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Francisco deixou um conselho: “Quando
tens vontade de falar mal de alguém, é melhor que mordas a língua,
talvez ela inche, mas não farás mal a ninguém”.
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O Papa pediu também aos religiosos que
“tentem pedir e ter espírito de alegria” porque “sem alegria não se pode
servir Deus”, e criticou padres ou freiras “com cara de vinagre”, que
parece que “tomaram vinagre ao pequeno-almoço”.
O.O