“Só
a ele compete dizer se o fará, se vai cumprir com esse compromisso.
Quando isso vai acontecer, só a ele compete dizer”, disse o Presidente
da República, que falava , na conferência de imprensa com mais de uma
centena de jornalistas de órgãos nacionais e estrangeiros, quando passam
100 dias após ter chegado à liderança no Governo.
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Questionado
sobre a alegada tensão que mantém com o presidente do MPLA, José
Eduardo dos Santos, o Presidente negou qualquer problema:
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“Não sinto
essa crispação nas nossas relações”, afirmou João Lourenço.
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Acrescentou
que mantém “relações normais de trabalho” com o presidente do partido,
negando qualquer bicefalia na governação em Angola, até porque “nada
está acima da Constituição”, ambos trabalhando em “campos distintos” e
com “cada um a cumprir o seu papel”.
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“Oito
dias [dias do mês de janeiro] não é nada. Vamos aguardar os próximos
tempos”, refutou, sobre o anúncio feito em 2016 por José Eduardo dos
Santos, que disse abandonar a vida política em 2018.
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Desde que
assumiu o cargo de Presidente da República, João Lourenço já realizou
mais de 300 nomeações, que corresponderam a várias dezenas de
exonerações, incluindo da empresária Isabel dos Santos, filha de José
Eduardo dos Santos, da Sonangol, e de mais de 30 oficiais generais em
posições de topo na hierarquia militar, valeram-lhe a alcunha nas redes
sociais:
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“O exonerador implacável”.
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Foram “tantas quantas as necessárias”, respondeu hoje, a propósito, o chefe de Estado.
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Apesar de
ter deixado a presidência da República, José Eduardo dos Santos
mantém-se líder do MPLA, com mandato até 2021, e ainda não se referiu
publicamente às mudanças que João Lourenço tem vindo a implementar,
nomeadamente ao afastamento dos filhos de lugares chave em poucas
semanas.
O.O


